Sei que muitas pessoas vão olhar este artigo com certa preocupação, porém, acredito que estamos sendo bombardeados por produtos com informações de soluções equivocadas.

Nunca poderemos considerar um produto como sendo ergonômico, e o principal motivo encontramos na própria definição da ergonomia: adaptar produtos e/ou sistemas, às características psicofisiológicas das pessoas. Lembrando que, pessoas, é uma maneira de caracterizar de forma ampla e generalista, seres humanos com diversas características físicas e cognitivas.

Nesse sentido, é impossível afirmar que um produto terá características de configurações suficientes para atender toda a variabilidade humana. Porém um produto, com essas qualidades de ampla gama de configuração pode favorecer um estado ergonômico, ou seja, situações que podem melhorar o conforto em uma determinada situação.

O que pretendo com este artigo, é apenas esclarecer que o fato de existir uma cadeira com todos os ajustes possíveis, apoio de punho ou suporte para os pés, não garante um estado ergonômico, consequentemente o conforto e, principalmente, não elimina os riscos ergonômicos de um posto de trabalho.

Por isso, antes de recorrer a um produto “ergonômico” é essencial que seja feita uma avaliação das características do ser humano, afim de verificar se estes produtos serão os mais adequados para determinada situação de trabalho.